Não se discute mais o quanto o franchising é uma forma de expansão que vem mudando, no mundo, a forma e a velocidade com que as empresas estão expandindo seus negócios e ocupando mercado de forma exponencial, desde os pequenos negócios até os grandes players do varejo, serviços e indústrias de bens de consumo. O que está em destaque aqui é o quanto as indústrias podem se beneficiar ainda mais do franchising para entender o varejo e, consequentemente, entender melhor o consumidor de seus produtos, aquele que é a base da pirâmide de desenvolvimento das empresas, explorado por mim em artigo anterior.
A cultura nas indústrias
Ainda se discute sobre a cultura impregnada nas indústrias, de pouca flexibilidade e voltada para dentro, com foco na qualidade dos produtos e na eficiência e produtividade dos equipamentos, na formação do time de produção – fazer mais, mais rápido e melhor.
Porém com tudo isso ainda fica a dúvida quando se trata da condição para a sobrevivência dos negócios no mundo atual – classificado como mundo VUCA (volátil, incerto ,complexo e ambíguo), termo incorporado no vocabulário corporativo, apesar de ter surgido na década de 90 no ambiente militar, pelo U.S Army War College, para explicar o mundo no cenário pós-Guerra Fria.
O quanto a indústria está preparada para ser ágil em responder às transformações intensas e absolutamente disruptivas, que trazem desafios enormes uma vez que rompem completamente padrões tidos como corretos e imutáveis?
Como ser indústria 4.0 e amiga do consumidor?
Entenda se você deve colocar o cliente no centro do seu negócio
A transformação da indústria tradicional para a Indústria 4.0, também bastante explorada no mundo das consultorias e no meio empresarial, foca no fato de que a indústria deve adotar tecnologias emergentes de TI e automação industrial, criando um sistema de produção físico-cibernético, com alto nível de digitalização de dados que se comunicam com máquinas, produtos e pessoas, o que deverá gerar um ambiente de manufatura muito mais flexível e auto ajustável à demanda crescente por customização.
Tudo perfeito! E como essa indústria contemporânea, digital 4.0 vai interagir com o consumidor final de seus produtos? A resposta, e como uma das alternativas mais segura para a marca, é por meio de um canal que fala diretamente com esse consumidor, que convive com ele diariamente e que pode lhe oferecer a experiência que deseja e no momento que deseja. Estou falando do franchising.
As industrias podem se beneficiar muito do franchising para tornar tangível para o cliente final toda essa transformação e investimentos que vêm fazendo para se tornarem Indústria 4.0, digital, ágil e amiga do consumidor. Já temos muitos cases de sucesso no mercado que podem servir como o teste de São Tomé, para aqueles que querem ver para crer.
Indústrias que a partir de um produto, estão criando redes de franquias com lojas ou unidades de prestação de serviços que falam diretamente com o consumidor da marca. No Brasil esse movimento começou com a indústria de cosméticos, com O Boticário, depois com a indústria de calçados, vestuário e, mais recentemente, a indústria de produtos de higiene e limpeza, como as lavanderias OMO, entre ouros cases.
Os desafios
Qual é o grande desafio nesse processo? A incorporação da cultura de varejo e de franchising – que tem muito de prestação de serviços e relação ganha ganha com uma a rede de empresários, e não com distribuidores -, o que não se faz numa virada de chave. O empresário que faz essa opção deve percorrer uma jornada de transformação e de mudança de cultura interna, de forma quase que radical, em muitos casos a mudança ou incorporação de novos profissionais é inevitável, caso contrário o processo entra nos mesmos trilhos da cultura já arraigada e tradicional da indústria e os resultados podem ser prejudicados ou mais lentos. O maior desafio tem sido a de assimilar a dinâmica que o varejo os impõe e a mudança na forma de se comunicar com esse novo consumidor que vive e transpira no mundo digital.
A solução
A entrada no varejo via franchising é uma nova estratégia e como tal deve ser tratada, bem concebida, com o projeto realizado com o apoio de especialistas e, sem queimar etapas, o que passa pela concepção do modelo e formato do negócio, viabilidade financeira da operação para o franqueado e franqueadora, plano de expansão consistente, além de estrutura, processos, tecnologia e pessoas com competências alinhadas à nova cultura e estratégia a ser implementada.
Resumindo é uma jornada que não permite mais amadorismo, evitando colocar em risco uma marca com décadas de existência e não perder a oportunidade de ser mais um case de sucesso da indústria atuando no varejo.
Quer saber mais sobre como conduzir esse processo de ingresso no mundo do varejo e do franchising, o Grupo BITTENCOURT está pronto para apoiá-lo. Grandes marcas já se deram conta do potencial desse mercado. E você, está esperando o quê?
Claudia Bittencourt
Sócia fundadora e Presidente do Conselho Consultivo do Grupo BITTENCOURT
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