Como entender essa dinâmica e dela se beneficiar
Ao longo dos últimos anos, a evolução da tecnologia e a nova geração digital, vem provocando mudanças significativas nos hábitos de consumo da população em todo o mundo, e, não tem sido diferente no Brasil, no nosso estado e no nosso micro ambiente, em nossas empresas. Porém a pandemia acelerou esse processo o está exigindo das empresas também acelerar seu processo de transformação e inovação em toda a cadeia em que está inserida.
Como exemplo trouxemos aqui uma análise no segmento de alimentação, o crescimento do delivery com a pandemia reforçou, e muito, a mudança de hábito do consumidor brasileiro de consumir comida preparada fora do lar.
O IBGE, através do POF (Pesquisa do Orçamento Familiar), já vinha sinalizando este aumento por conta de fatores estruturais de nossa sociedade como a falta de tempo das famílias para o preparo em casa na regiões metropolitanas, o papel da mulher cada vez maior no mercado de trabalho, a restrição orçamentária das famílias buscando melhor custo-benefício ao adquirir comida pronta, sem desperdício de insumo, gasto de energia e tempo no seu preparo, assim como pela chegada nas áreas rurais de estabelecimentos que oferecem este serviço.
Agravada pela crise de 2015/16 e pela atual causada pelo coronavirus, esta mudança de hábito da população, em todas as camadas da sociedade, obriga não apenas os restaurantes a se reinventarem, mas toda a cadeia produtiva de alimentos.
O enorme, e urgente, desafio é redesenhar todo o processo da cadeia alimentar dos lares brasileiros. É necessário encontrar meios de como transformar o produto in natura em produto pronto ao consumo, no menor espaço de tempo, com o menor desperdício de matéria prima, com menor consumo de energia (gás e eletricidade), tudo isso mantendo a saudabilidade da comida preparada em casa E em embalagens de baixo impacto ao meio ambiente, dois fatores que pesam cada vez mais na decisão de consumo em todo o planeta, principalmente nas novas gerações.
Essa transformação em curso vai obrigar todos os empresários da cadeia produtiva de alimentos, do produtor ao entregador, do pequeno ao grande, da ponta ao intermediário, a redesenhar suas operações e embarcar, investir em novas tecnologias de cocção, embalagem, receitas, engenharia de alimentos, desenvolvimento de fornecedores, marketing, UX, RH, enfim, em todos os aspectos destes negócios nos próximos 5 anos.
Muitos dos que estão lendo este artigo devem pensar: Como vou me preparar, será que conseguirei realizar esta transformação de meu negócio em tempo para sobreviver neste novo ambiente? A resposta a esta pergunta está dentro de cada um de nós, dentro de cada pessoa, de nosso time, de nossos fornecedores e parceiros ao longo da cadeia produtiva.
A psicologia nos ensina como as pessoas, e consequentemente as empresas, reagem frente a mudanças no ambiente. Entender a dinâmica de mudança (fig) nos fará refletir que não adianta negar, ou mesmo resistir à mudança em curso no ambiente, isto apenas vai atrasar o engajamento e esforço adicional necessário de todo o ecossistema empresarial na exploração das novas possibilidades e na análise de seus potenciais ganhos para o negócio como um todo e, principalmente, em assumir o compromisso de liderar, e engajar, todas as pessoas de suas empresas a explorar todas as oportunidades neste novo e desafiador ambiente de negócio.
Muitas vezes a empresa precisa de ajuda para acelerar as transformações necessárias e não perder a vez no mercado. Frente a toda essa dinâmica elas precisam agir rápido e detectar onde existe fragilidades e implementar as ações necessárias para que o impacto no seu negócio seja o menor possível.
O Grupo BITTTENCOURT conta com uma área especializada e consultores multidisciplinares para realizar num curto espaço de tempo um diagnóstico no seu negócio e oferecer um Plano de Ação para implementação rápida e atender as novas demandas de consumo da população.
Luis Stockler, diretor de gestão de redes do Grupo BITTENCOURT