O grupo CVC pretende ter até 70 lojas da empresa de intercâmbio estudantil Experimento nos próximos cinco anos. Hoje, são 38 unidades no país. A holding que já atua nos segmentos de lazer e viagens corporativas com as bandeiras CVC, Submarino Viagens e RexturAdvance fechou, na semana passada, a aquisição da Experimento por R$ 41 milhões.
Em paralelo, o grupo vai manter a marca CVC Intercâmbio, com a meta de sair das atuais 7 lojas para 15 ou 20 neste ano. O grupo entrou no segmento de intercâmbio há cerca de seis meses de olho nas sinergias com seu negócio principal.
Segundo Luiz Fernando Fogaça, vice-presidente administrativo, financeiro e de relações com investidores do grupo CVC, a companhia continua analisando outros ativos deste mercado para aquisição, mas a expansão também se dará por meio de crescimento orgânico, com unidades franqueadas.
“As bandeiras Experimento e CVC Intercâmbio serão mantidas porque atendem públicos distintos. Queremos ser líderes de mercado também nesse segmento, como acontece com viagens de lazer e corporativas, do qual detemos uma participação de 15%”, disse Fogaça. De acordo com o executivo, o mercado de intercâmbio movimenta R$ 1 bilhão por ano no país.
Criada há 50 anos pela mesma família que fundou o colégio Pueri Domus, a Experimento atende, principalmente, os jovens que pretendem fazer o ensino médio (high school) ou a universidade em outros países. As irmãs Patricia e Roberta Zocchio, fundadores da empresa de intercâmbio, permanecem no negócio como presidente e diretora executiva, respectivamente.
Em 2016, a Experimento registrou vendas de cerca de R$ 100 milhões e 7 mil inscrições de intercâmbio. A aquisição foi fechada por R$ 41 milhões, mas poderá ter um acréscimo caso as metas estabelecias para 2017 e 2018 sejam atingidas.
Nos nove primeiros meses de 2016, o grupo CVC apurou receita líquida de vendas de R$ 606,4 milhões, um acréscimo de 4,3% sobre o mesmo período de 2015. Em relação a 2017, o vice-presidente disse acreditar que o segmento corporativo deve ter um melhor desempenho, principalmente, quando comparado aos dois últimos anos, períodos de forte retração da atividade econômica.
Questionado sobre a aquisição de um negócio da área de consumo num momento de recessão, Fogaça afirmou que a transação faz parte da estratégia da companhia de diversificar as operações e citou como exemplo a aquisição da RexturAdvance, empresa de viagens corporativas, por R$ 208 milhões em 2014. No terceiro trimestre de 2016, a Rextur apurou um crescimento de 2% nas reservas confirmadas quando comparado a igual período de 2015 – após apurar quedas de 7,6% e 11,2% no primeiro e segundo trimestres do ano passado, respectivamente.
Em novembro, o Carlyle reduziu sua participação na CVC de 15,68% para 0,22%, vendendo suas ações na bolsa. Na mesma data, a Squadra Investimentos, por sua vez, aumentou sua fatia para 5,38% do capital da operadora de viagens. O fundador da CVC, Guilherme Paulus, tem cerca de 8% da companhia. O restante está no free float.
Fonte: Valor Econômico
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