Você já ouviu falar em Inovabilidade? Este termo, que é relativamente novo, vem do inglês Innovability. O conceito associa inovação e sustentabilidade na geração de produtos e serviços de uma empresa, promovendo estratégias de desenvolvimento competitivo, rentável e com responsabilidade socioambiental.
Com a crescente busca de empresas por ações ESG – além da cobrança de investidores e do mercado como um todo – a inovabilidade se torna um dos pilares para os negócios, independentemente de seu porte.
Isso porque trata-se de um valor que pode ser aplicado a qualquer negócio, porém faz parte dos princípios das empresas de grande e pequeno porte por necessidades diferentes, que são:
- Nas grandes empresas: chega para aperfeiçoar processos, mitigar impactos ou melhorar fluxos de operação
- Nos micro ou pequenos negócios, a inovabilidade costuma ser um valor que já nasce com a empresa, trazendo impacto social e resolvendo dores que já foram do próprio dono.
Sabemos que o Brasil é, atualmente, um celeiro de inovações, mas ainda estamos muito distantes dos países mais inovadores do mundo, sabia? Neste quesito, a Suíça lidera, seguida por Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul.
O Brasil ocupa apenas a 57ª posição, segundo a World Intellectual Property Organization (WIPO). Nossos pontos de melhoria estão em instituições, infraestrutura e ambiente de investimento – o que representa um potencial imenso para crescermos economicamente de forma sustentável e nos tornarmos uma das maiores economias centradas em impacto social do mundo.
A inovabilidade só traz vantagens às empresas, começando pela inovação, perenização e possibilidade de crescimento. É boa também para o planeta, pois regenera, fortifica e pereniza.
Quer entender como algumas empresas colocaram em prática os conceitos de inovabilidade? Podemos citar organizações como Suzano, Enel e O Boticário, pra começar.
Na Suzano, a inovabilidade está diretamente ligada à ambição da companhia de ser uma empresa regenerativa, que quer trazer produtividade na sua cadeia, de ponta a ponta. Seu objetivo é gerar diferencial competitivo a partir das necessidades dos clientes e de novas formas de uso e aplicação de seus insumos.
Para fazer isso, a Suzano tem um planejamento estratégico composto por três níveis, contemplando Visão de Longo Prazo, Ambições e Batalhas de Médio Prazo. No primeiro nível, a visão considera um período de 10 a 15 anos.
Parte da iniciativa já foi conquistada, pois a empresa antecipou o compromisso de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera de 2030 para 2025. Além disso, avaliou quase mil startups, nove projetos-prova de conceito, elegeu mais de 50 embaixadores de inovação aberta e criou mais de 40 iniciativas de inovação aberta em toda a sua cadeia produtiva.
Já na Enel, o grupo se conectou aos melhores ecossistemas de inovação do mundo, explorando continuamente novas oportunidades para inovar nos negócios tradicionais e criar novos negócios valiosos que sejam sustentáveis a longo prazo para a Enel e para todos ao redor.
Em 2017, a empresa implementou o Open Innovability, uma plataforma de crowdsourcing na qual necessidades tecnológicas e desafios da empresa são publicados com regras, deadlines e recompensas definidas.
São mais de 600 colaborações, 250 ideias transformadas em scale up e 9 hubs de inovação!
No caso do O Boticário, as iniciativas na direção de Inovabilidade incluem Boti Recicla, Produtos Veganos, Cruelty Free, Loja Sustentável e Fundação GB. Há, ainda, o Espaço Recriar, presente em escolas públicas para conscientizar sobre a importância das ações sustentáveis para o bem de todos.
Os aspectos ESG são monitorados pelo Comitê Executivo de Sustentabilidade e Diversidade, que define a estratégia de integração dos aspectos ESG no modelo de negócios do grupo.
Para garantir o cumprimento de sua matriz de materialidade, o O Boticário engloba pontos como Embalagens e Resíduos, Consumo e Descarte de Água, Desenvolvimento dos Colaboradores, diversidade na cadeia de Valor, entre outros pontos, sempre focados na responsabilidade como líderes e seres humanos.
E aí? Como você avalia o nível de Inovabilidade do seu negócio? Se você já se adequou às práticas ESG, é hora de investir nesse ponto para deixar a sua empresa alinhada às tendências mais recentes de mercado!