Grupo Bittencourt
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Hamburguerias crescem com lojas temáticas e atendimento diferenciado

2015-03-16
The Fifties, Let’s Eat e Johnny Rockets são alguns exemplo de fast casual que têm despontado no mercado brasileiro de alimentação fora do lar. A tendência é que novas marcas cheguem ao País
Representando pouco mais de 50% do faturamento das redes de fast-food – estimado em mais de R$ 22 bilhões em 2014 -, as hamburguerias se tornaram hoje uma verdadeira febre no País. Típicas dos Estados Unidos, aqui elas foram ‘abrasileiradas’ e se diferem dos concorrentes ao investir no atendimento diferenciado.
“As hamburguerias vieram para ficar no Brasil e se enquadram no conceito de fast casual. Os empresários deste setor estão transformando o produto, considerado lanche, em uma opção de almoço”, afirmou o sócio diretor Food Service da GS&MD – Gouvêa de Souza, Caio Gouvêa.
Pesquisa realizada pela consultoria apontou que 60% dos consumidores de hambúrguer o fazem dentro de restaurantes. “Isso aponta que os ambientes temáticos são bem aceitos e estão em expansão no País”, disse.
Outros pontos destacados pelo especialista foram: atendimento, estacionamento, tempo de espera e número de caixas. Todos tornam as hamburguerias bem vistas pelo consumidor brasileiro. “Antes, as pessoas iam pelo sabor da comida. Hoje, vão pelo ambiente e também pelo divertimento”, explicou.
Diferencial
“O atendimento é que faz toda a diferença quando comparamos uma hamburgueria com o McDonald’s, que vende em balcão”, como disse ao DCI o franqueador máster da marca norte-americana Johnny Rockets no País, Antônio Augusto de Souza.
Para ele, o conceito de casual dining é importante, tanto que além da venda dos tradicionais hambúrgueres e milk shakes, a rede está ampliando o cardápio.
“Além de novos sabores de hambúrgueres, nós vamos colocar também em nosso cardápio pratos como massas, steaks e ribs”, afirmou Souza.
Segundo o executivo, o principal diferencial da Johnny Rockets está no atendimento e na ambientação do restaurante. “Treinamos muito bem os funcionários. De tempos em tempos, os garçons fazem uma pequena apresentação no restaurante para entreter o consumidor. Nas mesas, os clientes podem escolher músicas para ouvir. Tudo torna a experiência prazeirosa.”
Mesmo com o bolso do consumidor apertado, Souza espera abrir outras seis unidades no País, para então, em 2016 começar a franquear a marca com a ajuda de alguns sócios investidores. “Temos sete unidades em operação e outras três que serão inauguradas ainda neste primeiro semestre. Para o segundo semestre outras três unidades estão programadas”, disse Souza.
Do interior à capital
Fundada em Itu, no interior de São Paulo, a Let’s Eat, do empresário Marcos Nunes, vai além do pão com o hambúrguer. “Trabalhamos com hambúrgueres gourmets, pois usamos carnes nobres. Nossos molhos são receitas próprias, trazendo diferencial á marca”, disse o empresário.
O conceito do restaurante foi trazido do exterior, onde Nunes se especializou em gastronomia. “A imersão em gastronomia ajudou a tornar a marca premium”, afirmou.
E foram justamente esses diferenciais – no cardápio além das carnes o consumidor encontra itens da culinária mexicana – que levaram a Let’s Eat a franquear a marca. “A primeira franquia foi aberta há pouco mais de um ano, em Indaiatuba [SP]. Hoje, são cinco unidades, sendo uma na Vila Madalena, na capital. Até o final deste ano queremos outras 10 unidades”, disse Nunes.
Balcão
Com operações em shopping centers, onde os balcões imperam, a rede carioca Fry’s se difere das demais operações de fast-food concorrentes pelo produto vendido. “O hambúrguer do Fry’s tem o sabor genuinamente norte-americano. É feito com carne fresca e preparado na hora de servir em versões clássicas, gourmets e personalizadas”, explicou o sócio fundador da rede, José Guilherme Aranha.
Com perspectiva de faturar R$ 25 milhões este ano, a rede se ancorou no franchising para crescer. “Já inauguramos três unidades, que estão em operação no Shopping Nova América [RJ], Shopping Center Norte [SP] e Shopping Ibirapuera (SP). Em 90 dias vamos abrir outras três lojas de rua, sendo elas em: Vila Velha, no Espírito Santo, em Teresópolis, na região serrana do Rio e no Itaim Bibi, em São Paulo. Ainda temos mais duas lojas previstas para a Barra da Tijuca, no shopping Downtown e no BarraShopping”, finalizou.
Fonte: DCI