Consumidores online da H&M Hennes & Mauritz agora podem aprender sobre as origens das roupas que adquirem, marcando o mais recente movimento da empresa para aumentar a transparência em torno da sua cadeia de fornecimento. Consumidores de 47 países onde a H&M tem operação local vão poder visualizar detalhes sobre os materiais usados nas roupas, onde as peças são produzidas e até o número de funcionários empregados nas confecções.
A H&M planeja usar materiais 100% reciclados ou de fontes sustentáveis até 2030.
A companhia também vai continuar a incentivar seus consumidores a levar, às suas lojas, roupas usadas para reciclagem ou reúso ‒ os tecidos são reaproveitados e as peças em boas condições serão vendidas como roupas de segunda mão. Apenas 1,4% dos materiais usados pela H&M em 2018 eram reciclados. Em 2017, o índice era ainda menor, de 0,5%.
“Estamos muito orgulhosos por sermos o primeiro varejista global de moda de nosso porte a oferecer esse nível de transparência de produtos”, afirmou Isak Roth, diretor de sustentabilidade da H&M. A decisão é uma resposta à mudança no comportamento dos consumidores, mais conscientes das desvantagens do ciclo de moda rápida, o “fast-fashion” ‒ esse modelo inclui produção rápida de coleções para serem consumidas e descartadas em um curto espaço de tempo.
Em geral, essas coleções são feitas com custo mais baixo, por trabalhadores de baixa renda. Menos de 1% dos materiais usados na chamada fast-fashion são reciclados, representando uma perda de mais de US$ 100 bilhões por ano, de acordo com a Fundação Ellen MacArthur.
“Ao sermos abertos e transparentes sobre onde nossos produtos estão, esperamos estabelecer o padrão para nossa indústria e encorajar os clientes a fazer escolhas mais sustentáveis”, disse Roth.
Fonte: Valor Economico