Grupo Bittencourt
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Páscoa deve criar até 2 mil vagas temporárias em São Paulo

“Após as liquidações de janeiro e o Carnaval, a Páscoa acaba sendo a primeira data especial do ano, que exige planejamento mais detalhado por parte do comércio varejista paulista para adequar seu caixa, estoque e seu quadro funcional visando atender as demandas dos consumidores”, comenta a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ressaltando que as lojas especializadas em chocolates também deverão contratar. .
“Mesmo que em caráter temporário, a contratação deste contingente se justifica pelo enxugamento recente do quadro funcional do varejo, pelo aumento das promoções dos estabelecimentos e pela melhoria na própria confiança dos agentes, empresários e consumidores”, completava o informe da Federação.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as contratações estão sendo feitas neste momento e devem adentrar a primeira semana de abril. Os hipermercados acabam concentrando dois terços destas contratações, pois a Páscoa altera diretamente a rotina da comercialização dos alimentos, sendo destaques os tradicionais chocolates e peixaria, mas a data também pode movimentar outras atividades como o ramo de brinquedos.
Mão de obra perdida
A projeção de dois mil empregos temporários, de acordo com a entidade, é consequência exatamente das últimas movimentações do mercado de trabalho do varejo em questão. No ano passado, a contratação de temporários quase não foi sentida em números, já que a tendência conjuntural era de retração do mercado de trabalho varejista, inclusive no segmento de alimentação e bebidas. A federação pondera, no entanto, que a Páscoa deste ano deve superar 2016 e gerar mais empregos, porém, ressalta que a expectativa é significativamente inferior aos números registrados em 2014 e 2015, quando a contratação de temporários para a data beirou as 3 mil vagas.
Movimentação
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) o período da Páscoa deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no País, um crescimento de 1,3% em volume de vendas – já descontada a inflação -, na comparação com o ano anterior. Se confirmado, este será o maior aumento real de faturamento para o período desde 2014, quando a variação em volume de vendas foi 2,6%.
Segundo o levantamento da Confederação, parte da recuperação está associada ao comportamento dos preços, já que a variação média da cesta composta por bens e serviços mais demandados nesta data (4,6%) foi a menor desde a Páscoa de 2008.
“Além do longo período de queda da demanda, o comportamento da taxa de câmbio tem contribuído para o menor ritmo de reajuste de preços destes produtos. Durante o período de formação dos estoques do varejo para essa data, também houve um recuo de 17,4% do dólar frente ao real, comportamento inédito para os últimos sete anos”, explica, em nota, o economista da CNC, Fabio Bentes.
Fonte:  DCI