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Segmento de óticas vê crescimento de franquias

Segmento de óticas vê crescimento de franquias

2016-10-03
As principais redes de franquias de óticas mostram que não têm receio da crise e prosseguem com seus planos de expansão. O objetivo é se fortalecer para colher melhores resultados em um futuro próximo. O potencial do mercado é enorme. Segundo Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), os negócios do setor tendem a dobrar em cinco anos, quando a situação do país entrar em trajetória positiva.
Em jogo está a saúde visual. Segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), metade da população do mundo necessita de algum tipo de correção para enxergar bem. No Brasil, seriam 100 milhões de pessoas precisando usar óculos.
Nesse segmento, o apelo da moda também ganha espaço. Óculos são cada vez mais considerados acessórios fashion. Segundo, a Abióptica, as franquias representam somente 10% do faturamento total do setor, que ainda é bastante pulverizado. Há muito espaço para consolidação.
A rede Óticas Diniz começou em 1992 como um negócio de família e passou a ampliar as atividades por franchising a partir de 2006. Hoje, conta com 911 lojas. Nos últimos cinco anos, o ritmo foi acelerado, de 110 a 120 novas lojas ao ano. “Em 2016, avançaremos com aproximadamente 80 franquias. Em momento de crise, é um crescimento satisfatório”, avalia Arione Diniz, fundador e presidente das Óticas Diniz. Entre os investidores nos últimos cinco anos, cerca de 50% já eram franqueados e decidiram adquirir mais unidades. Há ainda a participação de gerentes e fiscalizadores de lojas que decidiram partir para o empreendedorismo.
Em 2015, a rede faturou R$ 800 milhões. Considerando as franquias maduras, as vendas cresceram 8% em relação ao ano anterior. Este ano começou mais complicado. No primeiro trimestre, o faturamento da rede caiu 3% em relação ao mesmo período de 2015. O tíquete médio dos óculos de grau completos é R$ 550. A montagem de uma loja exige aporte de mais de R$ 200 mil.
Em relação às Óticas Carol, 60% da evolução da rede vem da própria base de franqueados. A marca também tem incorporado óticas independentes que desejam ter suporte de gestão e marketing, assim como melhores condições de compra. Hoje são 900 lojas, porém, as Óticas Carol devem incorporar 150 novas franquias até o fim do ano. “Vamos superar a marca de mil lojas este ano, um número muito expressivo, o que é motivo para comemoração”, afirma Ronaldo Pereira, CEO das Óticas Carol. No ano passado, as Óticas Carol tiveram 20% de crescimento incluindo lojas próprias e franquias, com faturamento de R$ 690 milhões. Para 2016, a expectativa é crescer 15% em faturamento, contando as novas unidades.
Sobre a base pré-existente, o avanço estimado para vendas é de 6%. O investimento inicial está na faixa de R$ 300 mil.
Mais recente, a marca Mercadão dos Óculos foi criada em 2012, porém, um dos sócios tinha mais de 40 anos de experiência no ramo. O sistema de franquias começou em 2013 e, hoje, são 72 lojas abertas e 21 recém contratadas. Na rede, cerca de 90% das armações de receituário e os óculos solares comercializados são de marca própria. O tíquete médio é de R$ 400. Os óculos chegam a custar 60% menos do que os de grifes famosas. “Temos uma fábrica própria em Manaus e também terceirizamos modelagens”, comenta Gustavo Freitas, diretor de expansão do Mercadão dos Óculos. De janeiro a maio, o faturamento aumentou 150% devido a entrada de novos estabelecimentos, contudo, sobre a base que já estava em funcionamento, o resultado das vendas cresceu na ordem de 10% em relação ao mesmo período de 2015. Uma loja Mercadão dos Óculos exige aporte inicial de R$ 120 mil a R$ 180 mil.
A GrandVision by Fototica tem 100 unidades próprias e está aumentando sua presença por franchising. No momento, são cinco franquias. A Fototica, que até 2009 trabalhava no ramo de produtos e revelações de fotografias, passou a ser 100% focada no segmento de óculos. O grupo GrandVision é líder mundial no varejo ótico, com mais de 5.800 lojas em 43 países da Europa, Ásia e América Latina. Por ser uma companhia listada em bolsa, não pode abrir dados de faturamento no Brasil. “Temos apresentado bom desempenho. Na hora em que o varejo brasileiro atravessa dificuldades e está encolhendo, pensamos em expansão”, destaca Alvaro Vieira, presidente da GrandVision by Fototica no Brasil.
Fonte: Valor
 

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