Grupo Bittencourt
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Porque As Indústrias Estão Se Tornando Franqueadoras

Uma nova tendência do mercado varejista no Brasil é transformar indústrias tradicionais em uma marca franqueadora. “O objetivo é ligar indústria, grandes varejistas e o consumidor final, ampliando a atuação das marcas, promovendo ganho de mercado e gerando identificação com os consumidores”, diz Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo Bittencourt. A consultora, especializada em inteligência de negócios e no desenvolvimento de redes de franquias, será uma das palestrantes do Congresso de Franquias e Varejo Norte e Nordeste, que acontece nos dias 12 e 13 deste mês, no RioMar

“Na verdade, esta movimentação que é tida como uma tendência no mercado local já é bem difundida no mundo”, Diz Lyana Bittencourt que viu a procura por esta formatação de negócio conhecida como “direct to consumers”, direto ao consumidor, em inglês, crescer ao longo dos últimos dois anos. A procura por consultoria nesta área deve crescer em torno de 20% este ano, em relação a 2019, além de um crescimento numérico de projetos em 30%, estima a executiva.

VAREJO

A consultora diz ainda que o varejo está se reinventando com várias forma de acesso pelo comprador. A indústria, que apenas produz e entrega seus produtos, de repente fica sem espaço para contar sua história e se sobressair em meio à concorrência de outros produtos em uma loja multimarcas. “A saída é aliar a expertise de quem produz em fazer e entregar a mercadoria com a expertise de um varejista com DNA de vendas. Este empresário, passaria por uma espécie de seleção para poder utilizar a marca. A indústria assim, ganha um espaço próprio para vender diretamente ao consumidor”. Outro ganho extra na expansão através de franquias, é o reforço da presença da marca no mercado, explicou a executiva. Arezzo, Reserva, Havaianas, Brastemp, Cacau Show, Vivo, Adidas, Samsonite, Heliar, Todeschini são algumas marcas que aderiram ao sistema de franquias.

Um aspecto de vendas que deve ser levado em conta é a omnicanalidade, que seria a utilização de vários canais de venda e pagamento em conjunto, um complementando o outro. Isso inclui sites e aplicativos de vendas, redes sociais. “A venda multicanal, quando possível, deve ser uma estratégia. Uma loja física pode utilizar o que chamamos de prateleira infinita para vender mais, evitando uma quebra na negociação por simples falta de espaço na loja pra alocação de um estoque maior”, diz Lyana. Como exemplo ela sugere a compra de um sapato onde a loja física não tem um determinado tamanho ou cor no estoque mas pode oferecer ao cliente a possibilidade de escolher e comprar o produto que quer pela plataforma de e-commerce da própria loja.

FONTE: https://jc.ne10.uol.com.br/economia/2020/03/5601470-porque-as-industrias-estao-se-tornando-franqueadoras.html